Facilitadora: Marilea Aguiar
Quando: 20/3/2010
Onde: Casarão do Boneco
Participantes: Sônia Lopes, Michel Amorin, Patícia Sardinha, Lane Martins, Ézi Neves, Karla Pessoa, Anibal Pacha, Edson Fernando.
Nosso estudo foi todo com base o livro O MITO DA CAVERNA /A República / Platão; tradução de Carlos Alberto Nunes – Belém: EDUFPA, 2006
Parte do prefácio
As coisas que vemos em torno de nós são reflexos de puras idéias dotadas de existência real e são, desse modo, cópias ou aparências de tais idéias. Eis o costumeiro resumo da filosofia platônica posta em cena pelo mito da caverna contado pela primeira vez no Livro VII de A República. Dizemos pela primeira vez porque esse mito foi inventado por Platão.
Benedito Nunes - janeiro de 2006
ANALISE DO MITO
Os homens acorrentados que ali aparecem só percebem as sombras dos objetos e pessoas que desfilam no exterior. Só quando se libertarem das cadeias e galgarem até o exterior, poderão ver as coisas verdadeiras à luz do sol que as ilumina.
Trata-se então do efeito libertador do conhecimento. Mas para alcançá-lo precisará o homem, por iniciativa própria, libertar-se das imagens ilusórias que o encadeiam. Sendo libertador, o efeito do conhecimento também é moral.
Platão acompanha a trajetória daquele que se libertou. Poderá retornar ao meio em que vivia para contar aos outros que vivem presos a ilusões. Os prisioneiros poderão ou não acreditar nessa revelação. Se acreditarem, ganharão a liberdade e poderão contribuir para que os outros se libertem.
Mas essa diferença entre o real e o ilusório, que excede o pensamento de Platão, continua sendo, até hoje, a lição primeira de toda a Filosofia.
ANALISE DOS ELEMENTOS DO MITO
A caverna: Local para pensar criticamente, local para reflexão sobre o quê das coisas e Impulso para chegar ao conhecimento.
O olhar: É usado como portal principal para o despertar dos outro sentidos.
As sombras: São reflexos das coisas dotadas de existência real.
As coisas: São cópias, são reflexos, são aparências do real.
A idéia: Essência das coisas, puro pensamento.
CAMINHO DE BUSCA PARA O CONHECIMENTO
1ª visão – AS SOMBRAS
2ª visão – OS ACORRENTADOS
3ª visão – O MURO
4ª visão – O CAMINHO
5ª visão – O FOGO
DOLOROSA JORNADA HUMANA
Homens acorrentados.
Como se libertar?
A luz das idéias das coisas.
O conhecimento das aparências.
O espanto.
O convencimento.
A indução.
A compreensão do mundo real.
O Ser livre.
Entrada para o conhecimento das coisas através das idéias.
DE DOIS MODOS PERTURBA-SE A VISÃO
Das TREVAS para LUZ (sem conceito)
Da LUZ para as TREVAS (com conceito)
Obs: em qualquer das duas a sensação de dor é a mesma.
"É dever daquele que sabe encaminhar o outro ao verdadeiro conhecimento da essência das coisas, através da indução para que descubra sozinho."
"Educar não é colocar conhecimento na alma como se ela não tivesse conhecimento do mesmo. É o mesmo que dotar de vista à olhos privados de visão. Educar é o processo de participação total do Ser para só assim partilhar da idéia do Bem."
Platão
Abrimos para discussão levantando algumas questões que se relacionam com o nosso trabalho.
A caverna como espaço de reflexão.
Coisas que vemos em torno de nós são reflexos de puras idéias.
O real e o ilusório.
Projeção dos desejos.
Projeção da realidade que o homem procura apreender.
Local para se pensar criticamente.
O olhar usado como portal principal para despertar outros sentidos
Definições:
Estado do público: suspensão/imersão/reflexão
O que fazemos é Teatro de Fronteira
Momentos da cena: abordagem/ato/dispersão
Nenhum comentário:
Postar um comentário