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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

1º Encontro de 2012.


As atividades de 2012 iniciaram no último dia 07 de Janeiro e, na ocasião  Aníbal Pacha, Edson Fernando, Patrícia Sardinha e Marcia (participante convidada) refletiram sobre as atividades desenvolvidas em 2011e sobre as diretrizes pros anos vindouros. Assim como havíamos contextualizado e anunciado na postagem anterior o GETM a partir deste ano passará a ser intitulado como COLETIVO DE ANIMADORES DE CAIXA e terá como Regimento Funcional os seguintes termos: 

1 - O Coletivo de Animadores de Caixa é formado por artistas da cena, interessados na investigação do Teatro de Animação em Caixa.

2 - Os novos componentes serão sempre indicados por algum participante do Coletivo e serão orientados durante o perído de 1 ano pelo participante que o indicou.  

3 - Cada componente do Coletivo é responsável pela produção e realização dos seus projetos artísticos.

4 - Os encontros do Coletivo ocorrem sempre duas vezes ao mês, ordináriamente nas tardes de sábados.

5 - Provisoriamente o Coletivo realiza seus encontros nas dependências do Casarão do Boneco, situado na Rua 16 de Novembro 815.

6 - O Coletivo realiza em conjunto duas Intervenções Públicas por ano.   


O encontro também ratificou os Procedimentos Metodológicos Norteadores dos Projetos do Coletivo. Eles seguem abaixo:

1 - DESCOBERTA DO TEMA ou PARTO DAS IDÉIAS: O que quero dizer, discutir? 

2 - CRIAÇÃO DA DRAMATURGIA com fundamentação no método de Maurício Kartun: Imagem Disparadora, Banco de Dados e Roteiro Cênico.

3 - CONSTRUÇÃO DA CAIXA e de todos os elementos plásticos da Dramaturgia.

4 - COMPOSIÇÃO DA PERSONAGEM.

5 - ATUAÇÃO E ANIMAÇÃO: Relação com o público envolvendo três etapas:
Abordagem - Público ainda em estado cotidiano;
Imersão - Suspensão do estado cotidiano;
Despedida - Público é devolvido a realidade cotidiano, mas em estado alterado pela intervenção.

A primeira proposta de imagem de abertura do nosso Blog segue abaixo. As modificações serão todos efetuadas a partir de Fevereiro. 


Aguardem as novidades no layout do nosso Blog e acompanhem também a agenda de nossos encontros ordinários no ano de 2012.
  
FEVEREIRO
25
MARÇO
10 e24
ABRIL
07 e 28
MAIO
12 e 26
JUNHO
09 e 23
JULHO
XXXXX
AGOSTO
11 e 25
SETEMBRO
15 e 29
OUTUBRO
20
NOVEMBRO
10 e 24
DEZEMBRO
15


quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

RETROSPECTIVA DO QUADRIÊNIO (2008/2009/2010/2011) E DIRETRIZES PARA 2012.


A pequena retrospectiva a seguir, enfoca o processo de investigação, experimentação e amadurecimento dos procedimentos metodológicos e princípios elementares da linguagem exercitada no GETM ao longo dos quatro anos de sua existência. Será desconsiderada aqui a participação do GETM em festivais ou eventos de natureza estritamente artística, bem como as centenas de intervenções desenvolvidas por seus componentes, pois evidentemente elas – as intervenções – são, sem dúvida, a razão de ser de cada componente do GETM, assim como é a razão de ser do atuante o intercurso perceptivo com o espectador. No entanto, sem negligenciar que a pratica artística é que fundamenta todo o processo de descobertas do GETM, interessa aqui contextualizar, de modo bem objetivo, a trajetória das pesquisas no que se refere estritamente à elaboração e amadurecimento dos procedimentos metodológicos e princípios para criação de projetos, para que, desse modo, as diretrizes traçadas para o ano de 2012 possam ser compreendidas e assimiladas com maior naturalidade. 
Em 2012 o GETM – Grupo de Experimentação de Teatro em Miniatura completa seu quinto ano ininterrupto de investigação, experimentação e produção de projetos artísticos voltados às linguagens do Teatro e do Teatro de Animação. Neste primeiro quadriênio amadurecemos, e muito, os procedimentos que norteiam os processos criativos desenvolvidos – em sua maioria – em mutua colaboração entre os componentes do grupo.
De modo bem objetivo e retrospectivo podemos dizer que o ano de 2008 reservou os primeiros desafios para composição e agrupamento de pessoas interessadas nas experimentações em miniatura (para histórico detalhado da formação do grupo ver artigo de Aníbal Pacha da Revista Ensaio Geral). Agrupamos um número considerável de artistas com investigações e suportes diversos, porém, comungando o princípio da experimentação em miniatura. Esta primeira fase culminou na primeira Intervenção Pública e Coletiva realizada pelo GETM em 21 de dezembro de 2008 (ver primeira postagem deste blog).
Motivados por essa primeira experiência compartilhada coletivamente – produção e construção de diversos projetos individuais, resultando em diversos suportes diferentes – criamos esse canal de comunicação, o Blog, para compartilharmos com o mundo nossas primeiras experimentações. E vem sendo através deste Blog que escrevemos e compartilhamos a história deste agrupamento de artistas investigadores do teatro em miniatura. E foi também em 2009 que elaboramos as primeiras reflexões de como poderíamos desenvolver nossos projetos compartilhando procedimentos de criação comuns a todos (ver postagens de fevereiro de 2009). Impunha-se àquela altura o desejo de compreender a linguagem que estávamos exercitando, e neste sentido, chegamos a três pontos fundamentais para o desenvolvimento de qualquer projeto proposto no GETM: Idéia, Conteúdo e Forma. Os dois primeiros pontos relacionados diretamente a dramaturgia do projeto e o último aos elementos plásticos. Percebemos que os projetos desenvolvidos até então, não possuíam um ponto inicial comum, ocasionando situações curiosas: por vezes o componente do GETM construía primeiramente o suporte sem saber exatamente qual história iria desenvolver nele; narrativas com ações que não dialogavam diretamente com o suporte, mas que o utilizavam simplesmente como plataforma de apresentação; ou ainda projetos que não desenvolviam uma narrativa propriamente dita, mas sim esquetes.
Neste sentido, os três pontos destacados acima pretendiam nortear o processo de criação e facilitar o desenvolvimento dos projetos. Mesmo com esse primeiro esboço de procedimento metodológico formulado, no entanto, o ano foi marcado muito mais pelo processo de construção, criação e desenvolvimento de projetos do que propriamente do amadurecimento desses três pontos sugeridos como matriz de criação.  
  O desafio de pensar, classificar, fundamentar e sistematizar procedimentos metodológicos para o GETM só foi realmente implementado, de modo contundente, no ano de 2010 (ver postagens de fevereiro e março de 2010). Vieram então, os seminários e estudos com o intuito de refletir, e, sobretudo, definir procedimentos que nos dessem segurança para o desenvolvimento dos projetos futuros, pois depois de quase dois anos dedicados a construir projetos artísticos – projetos desenvolvidos na base da tentativa e erro – era necessário refletir sobre nossa práxis. E talvez um dos principais pontos constatados girasse em torno da distinção entre os projetos desenvolvidos em suportes abertos e os projetos desenvolvidos em suportes fechados (caixas propriamente ditas). Àquela altura acreditávamos ser possível compartilhar dos mesmos procedimentos metodológicos para o processo de criação tanto de suportes abertos quanto o dos suportes fechados – observando apenas a supressão de alguns procedimentos no caso dos primeiros. E então, o que outrora não passavam de três pontos sugeridos para orientar os projetos artísticos (Idéia, Conteúdo e Forma) desdobraram-se em procedimentos mais pormenorizados e fundamentados, sobretudo no conceito de Imagem Disparadora do dramaturgo e pesquisador argentino Maurício Kartum (1946). Foram também estabelecidos princípios elementares para a construção de cada projeto, quais sejam: Principio da Objetividade, Principio da Simplicidade e o Principio do Poder de Síntese.
Outro aspecto de fundamental relevância constatado neste ciclo de estudos e pesquisas desenvolvidos no primeiro semestre de 2010 aponta para o diferencial do trabalho desenvolvido no GETM em relação aos demais grupos que trabalham com teatro de Caixa, isto é, os projetos desenvolvidos no GETM não somente permite que o manipulador saia da condição de neutralidade, como faz disso quase uma exigência, pois os projetos que caracterizam externamente a caixa – ou seja, personalizam a visualidade do suporte – agregam sentido dramatúrgico ao suporte, sentido este diretamente ligado a narrativa do seu interior. Costumamos dizer que o conteúdo da narrativa desenvolvida no interior da caixa transborda pra sua parte externa e, neste sentido, a narrativa para o público inicia de fora para dentro, originando-se exatamente daí a exigência do manipulador sair de sua condição de neutralidade. Em outras palavras, se a narrativa para o público inicia fora da caixa, àquele que conduz o olhar do público pro interior dela – o manipulador – é responsável por estabelecer as convenções dramatúrgicas necessárias para que a narrativa, iniciada fora, se complete quando assistir ao conteúdo da caixa. Assim ao abordar o público, quem aborda não é o manipulador neutro e sim uma personagem que imediatamente desenvolve a narrativa do projeto. A título de exemplo podemos citar o trabalho de Aníbal Pacha, Mundo Doente (ver postagens de Março/Abril – 2010). Quem é esse homem que carrega o planeta nas mãos? Responder a perguntas dessa natureza é uma das tarefas de um projeto desenvolvido no GETM, pois a compreensão da narrativa que ocorre dentro da caixa estabelece relação direta com sua caracterização externa, e, portanto, a condição do manipulador neutro compromete o conteúdo do projeto, e por esse motivo, nos consideramos atores-manipuladores – e daí o entendimento de que atuamos na interseção de duas linguagem: Teatro e Teatro de Animação, respectivamente.               
Os estudos e seminários desenvolvidos no primeiro semestre de 2010, desse modo, possibilitaram além do entendimento de cada etapa de desenvolvimento dos projetos futuros, a fundamentação conceitual do que até então vinha sendo investigado. Com os procedimentos classificados e sistematizados as reflexões acerca de cada projeto desenvolvido ganharam consistência, pois agora era possível localizar cada etapa do projeto e tentar sanar possíveis dificuldades encontradas no processo de criação. Isso possibilitou também, discussões acerca de outros elementos de cada projeto, tais como sonoplastia (ver postagem de março/2010) e figurino, pensados agora como parte da dramaturgia de cada projeto.
É importante ressaltar que as reflexões desenvolvidas ao longo de 2010 centraram-se e aprofundaram-se mais nos denominados suportes fechados, pois os autores das reflexões desenvolveram, naquele ano, projetos exatamente neste tipo de suporte. Somente dois componentes do GETM desenvolveram projetos em suportes abertos (Michel Amorim e Patrícia Sardinha), sem, no entanto, produzir e compartilhar relatos dessas experiências com os demais componentes via Blog.      
Cientes dos procedimentos e conceitos que fundamentavam as investigações do GETM, alguns componentes compartilharam de suas descobertas com o meio acadêmico, participando de Seminários, Congressos e Fóruns de Arte. E assim, a primeira publicação de artigo discutindo os procedimentos e a linguagem exercitada pelo GETM ocorreu no V Fórum Bienal de Pesquisas em Artes, promovido pelo Instituto de Ciência das Artes / UFPA (a publicação encontra-se nos Anais do evento). Tomando como referencia o projeto intitulado Heróis, Edson Fernando defendeu o artigo em comunicação oral que discutia exatamente o fazer artístico do GETM localizado na interseção das linguagens do Teatro e do Teatro de Animação; os procedimentos classificados e sistematizados nos seminários de pesquisa do GETM fundamentaram não somente o artigo, mas o próprio processo de criação do projeto.
O ano de 2010 ainda reservou outras participações em Congressos e Seminários acadêmicos: Patrícia Sardinha participou do 20º CONFAEB – Congresso da Federação de Arte-Educadores do Brasil, realizado na UFG, em Goiânia com seu projeto de Caixa de Memórias que foi apresentado como e-pôster (pôster eletrônico); e Michel Amorim participou do 2º Seminário de Pesquisa em Teatro / ETDUFPA, realizado em Belém, com comunicação oral objetivando discutir somente as pesquisas do grupo realizadas com suportes abertos (ver postagens Outubro/2010).
Depois de um ano repleto de reflexões e amadurecimento crítico dos procedimentos metodológicos adotados pelo GETM, 2011 iniciou com a preocupação de expandir e compartilhar as descobertas. No primeiro semestre foi ofertada a comunidade duas oficinas de formação (ver postagens Maço/Abril/Maio/Junho – 2011), cujo foco era exatamente aplicar os procedimentos sistematizados no ano anterior: uma acontecendo no período da manhã e aplicando os procedimentos para os suportes abertos, tendo como instrutores Michel Amorim e Karla Pessoa, com a consultoria de Aníbal Pacha; e outra ocorrendo no período da tarde aplicando os procedimentos para o suporte fechado, tendo como instrutores Edson Fernando e Aníbal Pacha.
Embora ainda acreditássemos na possibilidade de aplicação de quase os mesmos procedimentos metodológicos para suportes de naturezas distintas, a divisão das oficinas exatamente por natureza do suporte evidenciava, no mínimo, objetos de investigação de naturezas distintas, pois do contrário não haveria necessidade de duas oficinas.
As oficinas desenvolveram-se simultaneamente contando com seis participantes para a direcionada ao suporte aberto (ver postagens abril/2011), e dez para a direcionada ao suporte fechado (ver postagens de Março/Abril / Maio – 2011). Quanto aos registros da oficina direcionada ao suporte aberto (compartilhado via Blog) tomamos conhecimento somente dos dois primeiros encontros (ver postagens de abril/2011): Abertura da Oficina com apresentação do histórico de formação do GETM e dos procedimentos do grupo; 2º encontro: exercício para criação de esquetes utilizando o suporte tabuleiro, cujo tema geral deveria ser o circo. Também tomamos conhecimento que somente a participante Amanda Figueiredo conclui a oficina.
Por sua vez, o registro da oficina direcionada ao suporte fechado acompanhou todo o processo de criação dos participantes (ver postagens Março/ Abril/ Maio – 2011): Abertura da Oficina: Histórico de formação do GETM, Histórico do Teatro de Caixa pelo Mundo e apresentação dos procedimentos norteadores para produção de projetos no GETM; 2º Encontro: apresentação do suporte Máquina Fotográfica para o primeiro exercício da linguagem investigada pelo GETM, construção do suporte por cada participante; 3º Encontro: continuação da construção do suporte Máquina Fotográfica por cada participante; 4º Encontro: finalização da construção do suporte Máquina Fotográfica e preparação para atuação com o mesmo na rua; 5º Encontro: Intervenção na rua com o suporte Máquina Fotográfica, compartilhamento das experiências dos participantes na intervenção e definição do Tema para o projeto de cada participante; 6º Encontro: Inicio dos seminários de apoio ao processo de criação dos projetos tendo como primeiro tema o conceito de Imagem Disparadora, submissão ao processo de descoberta da Imagem Disparadora de cada participante e desenvolvimento do Banco de Dados; 7º Encontro: Seminário com o tema “Leitura Visual da Forma”, apresentação e reflexão acerca dos roteiros cênicos de cada participante oriundo do banco de dados produzido no encontro anterior; do 8º ao último encontro da oficina foram destinados ao processo de construção dos suportes. A Intervenção Pública com a apresentação dos resultados da oficina ocorreu em 19 de Junho na Praça da República e contou com os seguintes projetos: Você tem noção do tempo?de Maria Carolina de Souza e Vida e Morte de Francerlin Costa de Lima.
A avaliação da oficina direcionada ao suporte fechado realizada por seus instrutores Edson Fernando e Aníbal Pacha, logo ao final da mesma, considerou-a de extrema importância para o processo de amadurecimento dos procedimentos aplicados para o processo de criação dos projetos do GETM, pois na condição de orientadores dos novos projetos, ambos dispuseram da distância necessária para aprofundar o entendimento conceitual do que vinham aplicando na prática dos seus próprios projetos. E isso pôde ser constatado e revestido nas investigações de ambos no segundo semestre: Edson Fernando desenvolveu o projeto Ícaro Assassinado e Aníbal Pacha o projeto Abutres. Ambos os projetos encontram-se em andamento, mas dão provas do quanto os procedimentos norteadores do GETM puderam ser aprofundados e executados com maior precisão: O primeiro – Ícaro Assassinado – além de desenvolver a dramaturgia que levará o projeto a fase de Invenção Pública, também desenvolveu narrativa com uma nova versão do mito de Ícaro, com potencialidade para outras ações artísticas que serão trabalhadas no ano de 2012; parte do processo desenvolvido por Edson Fernando encontra-se registrado no Blog (ver postagens Setembro/2011) e também foi transformado em artigo encontrando-se no prelo de um periódico com possibilidade de publicação futura. Abutres, por sua vez, demonstra o quanto Aníbal Pacha aprofunda cada etapa dos procedimentos do GETM alcançando, desse modo, uma narrativa emblemática e extremamente coerente com o argumento proposto (ver postagens Setembro/Novembro – 2011).              
O segundo semestre de 2011 proporcionou ainda duas novas publicações de artigos em periódicos especializados. O primeiro de Edson Fernando intitulado Heróis, publicado no nº 2 da Tucunduba Arte e Cultura em Revista, e o segundo de Aníbal Pacha publicado no nº 5 da revista Ensaio Geral intitulado Grupo de Experimentação de Teatro em Miniatura. Em ambas as publicações constata-se que o foco das reflexões direcionam-se as investigações realizadas articulando os procedimentos metodológicos do GETM direcionados aos suportes fechados.
As reflexões apresentadas e contextualizadas nesta breve retrospectiva do primeiro quadriênio de existência do GETM – enfatizando estritamente à elaboração e amadurecimento dos procedimentos metodológicos e princípios para criação de projetos – foi tomada como referência para o planejamento das novas diretrizes que serão adotadas a partir do ano de 2012. Não se tratam simplesmente de ações que serão realizadas durante o ano, mas sim fundamentalmente qual o objeto de investigação e como as pessoas que integram e se interessam por essas investigações se apresentarão a sociedade daqui pra frente. Todas estas questões foram deliberações na primeira reunião ordinária convocada pelo GETM, ocorrida no último dia 07 de Janeiro no Casarão do Boneco e que contou com a participação de Aníbal Pacha, Edson Fernando e Patrícia Sardinha. Márcia uma convidada de Pacha também se fez presente.
Desse modo, considerando e compreendendo a contextualização apresentada anteriormente, os presentes concluíram que o objeto de investigação que preponderantemente estabeleceu-se como matriz para o aprofundamento e sistematização dos procedimentos metodológicos desenvolvidos pelo GETM, responde pelo nome de Suporte Fechado. O suporte fechado – com registros comprobatórios suficientes neste Blog e nas publicações em periódicos especializados – notadamente vem recebendo o devido aprofundamento teórico, impondo-se, portanto, como objeto de investigação exclusivo das investigações que se desenvolverão daqui pra frente.
Importante ressaltar que a nomenclatura Suporte Fechado foi um termo adotado pelo GETM, a certa altura de suas investigações, para agregar todos os tipos de projetos que trabalhavam com suportes que permitiam contemplar no máximo a dois espectadores, por apresentação, distinguindo-o do Suporte Aberto que permitiam um número bem maior de espectadores por apresentação. Essa distinção também identificava o tipo de abordagem que deveria ser realizada pelo Ator-Manipulador: no Suporte Fechado abordagem intimista, enquanto no Suporte Aberto abordagem expansiva. A nomenclatura utilizada pelos demais artistas que investigam a miniatura pelo Brasil e pelo mundo, no entanto, denomina-se Caixa, ou Teatro de Caixa. No Brasil a referencia é o Centro de Pesquisas L.L. localizado em Santa Catarina, um dos responsáveis por organizar o Encontro Internacional de Miniaturas, centro este que mantém contato com o GETM desde 2010. Neste sentido, achamos por bem assumir a nomenclatura Caixa, ou Teatro de Caixa, no intuito de facilitar a comunicação de nossas investigações com o resto do país. Portanto, o objeto das investigações do GETM são as CAIXAS.
Determinado o objeto de investigação, refletimos sobre a natureza especifica e peculiar de cada projeto desenvolvido pelo GETM ao longo desse quadriênio, e observamos que a composição do que supostamente acreditávamos como grupo não se confirmava na prática, pois, as ações de Intervenção Pública de cada projeto, responde a anseios e necessidades específicas e peculiares condizentes a cada projeto. Em outras palavras, nos agrupamos para compartilharmos experiências e investigarmos a linguagem, mas na realização e execução dos projetos cada participante tem autonomia para encaminhar suas ações do modo que lhe aprouver. Constatamos então, que a composição do GETM não é a de um Grupo de Teatro, mas sim de um Coletivo de Artistas interessados na investigação do Teatro de Animação em Caixa. A partir desse entendimento deliberamos que a nomenclatura GETM, não responde mais aos anseios e expectativas dos artistas que vem produzindo ininterruptamente aos longo principalmente dos dois últimos anos. Portanto, a partir do ano de 2012 a nomenclatura GETM – Grupo de Experimentação de Teatro em Miniatura, entrará em DESUSO e quando citada nas futuras publicações de postagens deste Blog ou em periódicos especializados corresponderá ao primeiro quadriênio de nossas investigações, período fértil em descobertas e de diversas experimentações. A nova nomenclatura que será adotada a partir do ano de 2010 segue consonante a determinação do objeto de investigação definido e anunciado anteriormente. Desse modo, nos apresentamos a partir de agora como COLETIVO DE ANIMADORES DE CAIXA.
  Por fim, esclarecemos que as deliberações tomadas e anunciadas aqui, são fruto da apreensão, reflexão e aprofundamento de quatro anos de muita experiência e investigações ininterruptas. A partir de Fevereiro apresentaremos o novo desing do Blog com as devidas modificações e com novas ferramentas de pesquisa. E na próxima postagem apresentaremos o Regimento Funcional do COLETIVO, os procedimentos metodológicos norteadores dos projetos e as ações planejadas para o ano de 2012.