Abutres é o nome provisório do novo projeto de Aníbal Pacha. Tendo como tema a crueldade humana, Aníbal pretende desenvolver poeticamente uma reflexão sobre o lado mais podre e cruel da humanidade. Os indutores para a escolha do tema foram fotografias de crianças nordestinas e africanas subnutridas e castigadas pela seca e pela fome. No processo de formação da Imagem Disparadora do projeto, Aníbal selecionou quatro palavras: Seca, Criança, Fome e Morte. Refletindo sobre o tema proposto tendo como referencia essas palavras Aníbal chegou a seguinte Imagem Disparadora: o brinquedo que não é brincado. A partir dai desenvolveu-se o seguinte Banco de Dados para construção da narrativa interna da caixa:
Paisagem árida.
A criança andando fraca.
A criança cai.
O que está dentro vem pra fora.
O abutre se aproxima.
O abutre come o que vem pra fora.
Desse Banco de Dados elaborou-se a narrativa interna da caixa:
Paisagem árida. No centro encontra-se um carrinho de lata por sobre uma mancha de sangue. O sangue escorre no solo que aos poucos vai germinando uma bandeira branca. Um abutre espreita o carrinho de lata, faz um sobre voo e retorna pra um galho de árvore seca localizada à esqueda da paisagem. Quando a bandeira começa a germinar e nascer o abutre atira-se contra ela vorazmente não permitindo que ela cresça.
O suporte será uma caixa, com arte em plotagem, apresentando diversas flores. A narrativa externa da caixa será conduzida pelo Ator-Performer que desempenhará o papel de um Jardineiro Mascarado (mascara estilo personagem da Comédia Dell'arte). Com um regador na maõs ele oferecerá flores para o público enquanto rega o solo com água na cor vermelha.
A sonoplastia (um Blues executado num solo de gaita) ambientará a paisagem desalentada do interior da caixa.
É aguardar pra conferir em breve mais um projeto ousado do GETM.
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