Minha participação no V Forum de Pesquisa em Arte se deu, dentre outras coisas, com o intuito de consolidar as iniciativas planejadas para o ano de 2010: investigar e sistematizar os procedimentos metodológicos empregados pelo grupo. Penso que ao apresentar comunicação oral, nesse, e em outros seminários acadêmicos, realizados pelas instâncias do saber institucionalizado, o grupo que, não mantém nenhum tipo de vinculação com o establishment paraense, demarca seu território de pesquisa na cidade: o território dos ruídos. Não se trata, portanto, de um desejo de legitimar o pensamento desenvolvido pelo grupo, pois acredito que muitas vezes a própria academia deveria se questionar acerca da natureza de sua pretensa legitimidade universal. E o GETM produz pensamento? Respondo de imediato: não só produzimos pensamento como desenvolvemos estrategicamente uma ação politica de provocação perceptiva e receptiva com a cidade. Se nossas intervenções públicas que, vem ocorrendo sistematicamente desde o início de 2010, não alcançam repercussão na mídia ou mesmo nos espaços das pesquisas institucionais, elas repercutem com intensidade no olhar estranhado de nosso parceiro de encenação: o público. Esse sim não sai incólume depois de partilhar da experiência estética do nosso fazer artístico. Se atuamos no espaço da invibilidade midiática e acadêmica isso não nos impede de provocar ruídos, e são exatamente estes, os ruídos, que mais me motivam a continuar realizando experimentos artíticos com o GETM.
Provocar ruídos no ser humano para fazer ruir o sistema que aliena e degrada o ser humano!!!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário