“O carro de Dionísio está coberto de flores e grinaldas: sob o seu jugo avançam o tigre e a pantera. (...) Cantando e dançando, manifesta-se o homem como membro de uma comunidade superior: ele desaprendeu a andar e a falar, e está a ponto de, dançando, sair voando pelos ares. (...) Ele se sente como um deus, ele próprio caminha agora extasiado e enlevado, como vira em sonho os deuses caminharem. O homem não é mais artista, tornou-se obra de arte”.
(Friedrich Nietzsche)
Se houve alguém que levou as últimas conseqüências às reflexões do jovem filósofo Nietzsche localizadas em sua emblemática obra de juventude “O nascimento da tragédia”, este alguém se chama Jim Morrison. Estudante de cinema da UCLA, poeta e vocalista da banda The Doors “Jim” fez da sua vida uma constante e trágica poesia arrebatadora. Nada conseguia contê-lo e seu ímpeto dionisiacamente bárbaro o fez romper todos os limites, todas as portas: “Rompa para o outro lado”; “Atravesse as portas”. Convite obsessivo do jovem poeta Morrison esteticamente perseguido por seus companheiros de banda John Densmore, Robby Krieger e Ray Manzarek. De fato atravessar todas as portas era a obsessão de Jim, romper os limites dos valores estabelecidos pela sociedade, ultrapassar as fronteiras da sensibilidade humana, atingir novos estágios de consciência, alargar sua própria consciência como num “vôo mágico” xamânico. O convite de Jim continua aberto, e quem se atreverá a romper as portas?
Se houve alguém que levou as últimas conseqüências às reflexões do jovem filósofo Nietzsche localizadas em sua emblemática obra de juventude “O nascimento da tragédia”, este alguém se chama Jim Morrison. Estudante de cinema da UCLA, poeta e vocalista da banda The Doors “Jim” fez da sua vida uma constante e trágica poesia arrebatadora. Nada conseguia contê-lo e seu ímpeto dionisiacamente bárbaro o fez romper todos os limites, todas as portas: “Rompa para o outro lado”; “Atravesse as portas”. Convite obsessivo do jovem poeta Morrison esteticamente perseguido por seus companheiros de banda John Densmore, Robby Krieger e Ray Manzarek. De fato atravessar todas as portas era a obsessão de Jim, romper os limites dos valores estabelecidos pela sociedade, ultrapassar as fronteiras da sensibilidade humana, atingir novos estágios de consciência, alargar sua própria consciência como num “vôo mágico” xamânico. O convite de Jim continua aberto, e quem se atreverá a romper as portas?
O Projeto Morrison pretende reafirmar este convite trágico investigando o universo poético e musical dos “Doors” e render tributo ao seu poeta maior, Jim Morrison. “Quando a música terminar...” foi a primeira realização desse projeto. Espetáculo teatral apresentado em novembro de 2007 na Escola de Teatro e Dança da UFPA. Os ritos e a cultura dos xamãs foram à fundamentação desse trabalho de pesquisa que levou 9 meses para ser concluído. O sucesso dessa primeira empreitada junto à platéia é motivo mais que suficiente para dar continuidade ao projeto.
O próximo trabalho, cujo titulo provisório chama-se “Portas Atravessadas”, será realizado dentro do GETM / Grupo de Experimentação de Teatro em Miniatura e utilizará a linguagem do teatro “Lambe-Lambe”. “Portas Atravessadas” tem como Tese o convite obsessivo de Jim “Rompa para o outro lado” e terá como trilha sonora a canção de mesmo nome “Break on through (to the other side). O espectador será convidado a mergulhar num universo psicodelicamente criado dentro de uma caixa fotográfica lambe-lambe onde luzes, música e poesia serão os condutores de uma viagem estética para além da sensibilidade humana: "Se minha poesia tem algum objetivo é de retirar as pessoas das formas limitadas com que vêem e sentem."
“Existem coisas que conhecemos e coisas desconhecidas. Entre elas as portas”
Se Jim estava correto em sua poesia xamânica cumpri-me refazer a pergunta : Quem se atreverá a romper as portas?
Edson Fernando
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